Envelhecimento e flacidez, cicatrizes (como as de acne ou de queimaduras), estrias e manchas na pele (melasma) são alguns casos que podem ser tratados com microagulhamento.
Basicamente, o microagulhamento consiste em provocar microperfurações na pele a ser tratada. Essa ação desencadeia mediadores químicos que estimulam os fibroblastos (células da derme) a produzirem mais colágeno e elastina para restaurar a pele danificada.
O microagulamento pode ser aplicado em regiões como: rosto, colo, pescoço, mãos, braços, seios, coxas, abdômen, e, até mesmo, no couro cabeludo, visando ativar a circulação sanguínea na região.
O microagulhamento é feito por meio de um equipamento constituído por um conjunto de agulhas esterilizadas de aço cirúrgico ou titânio. O comprimento das agulhas pode variar de 0.1 a 2 milímetros.
Estima-se que uma agulha de 2mm, por exemplo, penetre de 1.2mm na pele.
Quanto mais microagulhas existirem em um equipamento, menor será a profundidade de penetração das mesmas. Normalmente, as microagulhas estão dispostas em um rolo, sendo que cada peça comporta de 190 a 200 unidades.
Todo o equipamento de microagulhamento deve ter o certificado a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), garantindo, assim, a qualidade aço cirúrgico utilizado, o número de microagulhas, bem como seu comprimento e diâmetro.
Vale ressaltar ainda que, embora seja um procedimento mecânico, o microagulhamento é uma técnica que exige a devida formação e conhecimento sobre as estruturas da pele, bem como uma criteriosa avaliação diagnóstica sobre as condições específicas apresentadas pelo paciente.
Dessa forma, esse é um procedimento que só deve ser realizado em consultórios de Dermatologia, com profissionais devidamente capacitados.
O microagulhamento estimula a produção de colágeno e elastina pela pele, melhorando o seu aspecto geral;
O microagulhamento também prepara a pele e auxilia a absorção de medicações tópicas utilizadas em tratamentos estéticos;
É um processo mecânico;
É um procedimento bastante acessível.
Depois de avaliar a pele do paciente e estabelecer a área a ser tratada, o médico aplica um creme anestésico no local, cerca de 30 a 50 minutos antes de iniciar o microagulhamento. Se o tratamento for mais extenso, o médico poderá optar por anestesia injetável.
O microagulhamento propriamente dito é feito por meio de movimentos de vai-e-vem com o aparelho no local tratado, realizando diversas repetições e movimentos específicos.
Antes de realizar o procedimento, é importante informar ao dermatologista sobre o uso contínuo de cremes, ácidos e quaisquer outras substâncias na pele.
O tratamento com ácidos, por exemplo, deverá ser interrompido pelo menos 72 horas antes da realização do microagulhamento.
Dependendo do tipo de pele do paciente, o dermatologista também poderá prescreve uma preparação especial.
No caso das peles mais escuras, a realização do microagulhamento poderá exigir uma preparação prévia com clareadores e antioxidantes, durante um período mínimo de um mês, para evitar o surgimento de machas após o procedimento.
Logo após a realização do microagulhamento, a pele estará muito sensível. Por isso, deve-se evitar a exposição a fontes de calor ou frio excessivo, bem como os banhos de sol. Banhos com água quente também devem ser evitados.
A proteção da pele com filtro solar e hidratação com produtos prescritos pelo médico são as principais medidas a serem seguidas pelo paciente após o microagulhamento. Poderá ser indicado ainda o uso de água termal no local, além de cicatrizantes e antibióticos.
Nos dias subsequentes ao tratamento, serão percebidas uma vermelhidão, descamação e a formação de algumas crostas superficiais, além de ardor e um leve inchaço. Esses são efeitos iniciais esperados da pele que começa a reagir a partir dos estímulos do microagulhamento.
O microagulhamento é um procedimento que deve ser realizado após a avaliação do paciente pelo dermatologista.
Pessoas com problemas de coagulação sanguínea ou que façam uso de anticoagulantes, pessoas com diabetes não controlado, assim como quem tem alguma lesão ou doença de pele ativa na região a ser tratada estão entre os pacientes contraindicados para fazer o microagulhamento.
O microagulhamento associado à administração de medicamentos também é contraindicado para gestantes.
Pacientes com propensão a quelóides, por sua vez, devem ser muito bem avaliadas antes do procedimento.