A hiperidrose é uma condição na qual determinadas áreas apresentam uma produção excessiva de suor, causando incômodos e constrangimentos para o paciente. Atualmente, a toxina botulínica – popularmente conhecida como Botox – é reconhecida como uma poderosa arma no controle desse quadro.

Axilas, mãos e pés estão entre as principais áreas de hiperidrose tratadas com a toxina botulínica, sendo que o couro cabeludo, virilhas e a região inframamária também são áreas que podem receber esse tratamento.

A aplicação de toxina botulínica para o controle da hiperidrose é feita através se injeções com agulha finíssima. O incômodo durante o procedimento é mínimo para o paciente, sendo que uma pomada anestésica pode ser passada sobre os pontos de aplicação.

A indicação para o tratamento é feita somente depois da anamnese e de uma atenta observação da área em que se concentra a queixa. O objetivo do dermatologista é avaliar se realmente o nível de suor na região está acima do normal, caracterizando a hiperidrose. O tratamento é descartado nos casos em que a sudorese na região está dentro dos níveis fisiológicos.

Como é o tratamento da hiperidrose com a toxina botulínica

A toxina botulínica é aplicada por meio de injeções intradérmicas, levando a substância a atuar diretamente nas glândulas sudoríparas, inibindo a sua hiperatividade. O efeito é exclusivamente local, sem quaisquer outras implicações para o organismo, no geral.

O número de pontos em que as injeções serão administradas em cada região irá variar de acordo com cada caso, mas sempre obedecendo aos protocolos previstos para essa terapêutica.

No tratamento da hiperidrose nas mãos e nos pés, o procedimento pode exigir a realização de bloqueio anestésico do local. Já em outras áreas como axilas, couro cabuludo, virilhas e região inframamária, geralmente, somente anestésicos tópicos são suficientes para minimizar os incômodos durante o procedimento, que dura apenas alguns minutos.

Todo o processo de aplicação da toxina botulínica para o tratamento de hiperidrose dura cerca de 30 minutos. Após a sua realização, o paciente está liberado para seguir com as suas atividades cotidianas, sendo recomendável apenas evitar grandes esforços físicos nas primeiras 24 horas.

Como age a substância

Quando aplicada na derme, a toxina botulínica “desliga” o nervo da glândula sudorípara que trabalha em excesso causando a hiperidrose. O procedimento, entretanto, não compromete nem a estrutura do nervo, nem da glândula, apenas bloqueia o estímulo nervoso que provoca a produção excessiva de suor.

A duração do tratamento

Alguns dias após a aplicação os resultados já começam a ser sentidos pelo paciente, sendo que os efeitos contra a hiperidrose duram, em média, seis a oito meses, podendo, em muitos casos, perdurarem por até um ano. Após essa fase, a aplicação tem de ser refeita.

As mudanças na vida das pessoas que sofrem com a hiperidrose costumam ser tão drásticas, que dificilmente o paciente que se submete a esse tratamento deixa de fazer as reaplicações. Afinal, além de incômodos físicos, a hiperidrose também causa constrangimentos, afetando diretamente a vida social do paciente.

Antes de eleger a toxina botulínica para tratar a hiperidrose, entretanto, o dermatologista sempre avalia todo o quadro, podendo considerar também outras abordagens terapêuticas. Medicações tópicas e orais podem ser recomendadas em muitos casos e, dependendo da gravidade da situação, existe também a alternativa cirúrgica.

Hoje em dia, contudo, a toxina botulínica tem se configurado como um tratamento de referência para a hiperidrose.