Tratamento a laser para remover tatuagens

Há poucos dias, uma tatuagem foi motivo de polêmica na Internet. O caso envolve o intérprete do Louro José (Tom Veiga), do Programa Ana Maria Braga, que tatuou o rosto da esposa para homenageá-la. Pelas redes sociais, ela foi categórica ao dizer “odiei!”. E aí, o que fazer diante de uma situação como essa?

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O artista Tom Veiga quis fazer uma homenagem à sua mulher, Alessandra, tatuando uma imagem dela transformada em uma tradicional caveira mexicana, conhecida naquele país como La Catrina. Mas a homenageada manifestou publicamente, no Instagram, a sua reprovação à atitude. Após os comentários da esposa, o post foi apagado. IMAGEM: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM.

Não sei exatamente como o casal irá resolver a situação. Mas, em casos assim, a remoção a laser pode ser um caminho. Nos consultórios de Dermatologia, nós temos lidado cada vez mais com situações que envolvem a necessidade de eliminar pinturas corporais.

As tatuagens, via de regra, são sempre feitas com as melhores intenções. Com elas, as pessoas buscam realizar sonhos antigos, gravar no corpo algum símbolo ou algo de que gostem muito, homenagear entes queridos ou enfeitar-se, simplesmente. Os motivos são os mais variados e, quase sempre, positivos.

A questão é que esses desenhos são permanentes e, muitas vezes, as coisas não saem exatamente como o esperado ou, simplesmente, a pessoa muda de opinião, de gosto ou de contexto, passando a querer ou mesmo a necessitar remover a arte feita na pele.

E aí, o que fazer? O primeiro e mais importante passo é procurar um dermatologista.

O processo de remoção pode ser feito em qualquer época do ano. Porém, no caso de tatuagens localizadas em áreas fotoexpostas, o ideal é fazer nas épocas de temperaturas mais amenas (como agora no inverno), pois se deve evitar a exposição solar nesse período, bem como tratar a área com protetor solar adequado, enquanto o tratamento estiver em curso.

O procedimento é feito através do chamado Laser Q-Switched, que promove a fragmentação do pigmento de manchas e também dos desenhos feitos na pele (as tatuagens), possibilitando sua eliminação pelo organismo.

Quando absorvem o laser, as partículas de tinta da tatuagem são quebradas em pequenos fragmentos, que são então absorvidos pelo mecanismo de limpeza do organismo. Esse processo leva algumas semanas.

Partículas de tinta maiores requerem tratamentos múltiplos. Conforme a cor da tatuagem, mais de um tipo de onda de laser poderá ser usado para removê-la.

Sendo assim, quanto maior e mais colorido o desenho, mais sessões serão necessárias para a completa remoção da imagem. Em geral são necessárias de seis a 10 sessões, realizadas mensalmente, para que todo o processo seja concluído.

Algumas vezes, o paciente também opta por remover apenas uma parte da imagem, a fim de fazer outro trabalho por cima daquela arte que já não deseja ter na pele. Essa também é uma alternativa.

De qualquer forma, a decisão de fazer uma tatuagem é algo que deve ser sempre muito bem pensado. Trata-se de uma importante intervenção na pele, que precisa ser feita em um estabelecimento que atenda às devidas normas sanitárias, a fim de evitar os riscos de infecções ou transmissão de doenças. Além disso, a área da pele onde foi feito o trabalho precisará de cuidados especiais, até a sua completa cicatrização. Posteriormente, o local também deverá ser especialmente protegido dos raios solares, para que o desenho não desbote com o tempo.

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Em 2009, a belga Kimberly Vlaminck ficou mundialmente famosa por conta das 56 estrelas que teriam sido tatuadas em seu rosto sem sua autorização, após ela adormecer em um stúdio onde havia ido para fazer apenas três pequenas estrelas na face. Muitas notícias e polêmicas depois, a jovem veio a confessar que mentiu e que havia, sim, dado autorização para que o tatuador fizesse o seu trabalho, mas que havia simplesmente se arrependido ao ver os desenhos no rosto. Para corrigir a decisão impensada, ela se submeteu a várias sessões de laser e, em 2013, já exibia o rosto “limpo”.