Sempre que vai se aproximando o verão, reforço com os meus pacientes as orientações sobre a fotoproteção nos momentos de lazer. Com os pais, enfatizo muito os cuidados especiais com as crianças nessas ocasiões. Mas, neste ano, nestas minhas primeiras férias em família com a rotina de um bebê para gerir, estou vivenciando na prática os conselhos que dou em consultório e nos meus canais de comunicação. Considero alguns tópicos dignos de nota e, por isso, vou compartilhar algumas observações por aqui.
Fui para a Bahia – terra de muito sol e muito lazer ao ar livre – com o meu marido e o João Pedro, que acaba de completar 7 meses e que há um mês passou a receber aplicação diária de filtro solar (lembrem-se: já contei aqui neste post que bebês de até seis meses devem ser protegidos do sol por meio de barreiras físicas, evitando-se a exposição direta por períodos prolongados e nos horários de pico).
Como dermatologista, tenho ficado satisfeita de ver que realmente não é difícil manter a pele da criança devidamente protegida, sem sacrificar a nossa diversão e a dele.
É preciso, claro, um planejamento um pouco maior do que se estivéssemos só entre adultos. Mas o esquema de atenção a esses cuidados tem permitido que possamos curtir todos os momentos, sem o medo de intercorrências com queimaduras (que, além de incômodas, podem ser bem graves) e sabendo também da importância dessas medidas para a prevenção do câncer de pele e de outros problemas dermatológicos no futuro.
– Em termos de horários, busquei manter a rotina o mais próximo possível da que temos em casa, mantendo horários de mamadas, papinhas e sonecas. Assim, evitamos que as novidades não acabem significando estresse nem para o bebê, nem para nós;
– A aplicação do filtro ocorre depois da mamada e da breve sonequinha da manhã. Nesse ínterim, nós, os adultos, já aproveitamos para nos trocar e preparar tudo o que vamos levar para o dia de lazer;
– Para o João Pedro, nestes dias na praia, elegi um filtro especial infantil em creme, com FPS 60. Coloco o produto antes em minhas mãos e daí espalho pelo corpinho dele, antes de colocar a roupinha de banho. Acaba sendo um momento de carinho que ele adora, não dando trabalho nenhum para a aplicação;
– Enquanto dou tempo para o produto começar a agir (cerca de 30 minutos) seguimos para tomar o café da manhã e oferecer a frutinha matinal dele;
– Todo mundo alimentado e com o filtro solar devidamente aplicado, é hora de procurar um lugar de sombra na praia ou na piscina para passarmos as nossas horas de descanso e lazer. Afinal, mesmo com filtro, as barreiras físicas são muito importantes para a fotoproteção da criança, que não deve permanecer longos períodos em exposição direta e nem ser exposta nos horários de maior radiação;
– A hidratação e a reaplicação do filtro são outros fatores muito importantes. Ofereço muita água, constantemente. Já o filtro eu reaplico a cada 2 horas.
Roupinhas especiais
As roupinhas especiais com fator de fotoproteção são um capítulo à parte. Muitas mães me perguntam a esse respeito. Essas peças são indispensáveis? Não, mas ajudam MUITO a reforçar as barreiras físicas de fotoproteção e permitir uma exposição mais segura. Então o investimento vale a pena? Sim, BASTANTE!
Para esta viagem, providenciei chapéus, camisas e roupinhas de banho com fator de FPS 50 para o João Pedro. É delicioso vê-lo nessas combinações cheias de estilo e ainda saber que o material conta com tecnologia que ajuda a deixá-lo mais protegido.
Na Internet, encontramos também uma boiazinha com cobertura de tecido com fotoproteção. Ele adora o brinquedo e a gente adora saber que, com todos esses cuidados, ele recebe do sol somente os benefícios e a alegria de desfrutar de momentos de muita diversão ao ar livre!