Uma das mais importantes campanhas de conscientização sobre saúde está para começar. O mês que traz o sol, a alegria do verão e as Festas de fim de ano é batizado de “Dezembro Laranja”, dentro a ação promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
O objetivo é aproveitar esse período tão convidativo para a necessária disseminação de informações sobre a prevenção do câncer de pele.
Não é necessário deixar de curtir nada do que a estação tem de bom. Basta apenas não descuidar das medidas de fotoproteção.
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil.
Só esse dado já deveria ser suficiente para uma ampla mobilização da sociedade em torno das medidas de prevenção da doença.
Mas o câncer de pele também mutila e pode matar. Isso torna urgente e indispensáveis as ações de conscientização.
Entretanto, enquanto, por um lado, entidades médicas se esforçam para difundir informações e orientações a respeito do assunto, por outro, há ainda uma grande resistência e até ceticismo em torno do tema em diversos setores.
Muitas pessoas simplesmente não acreditam que a radiação é cumulativa e prejudicial à saúde, até se depararem com o problema ou tomar conhecimento de alguém próximo que enfrenta um diagnóstico desagradável.
Nessa semana, uma notícia deixou a comunidade médica ainda mais preocupada. A Revista Proteste anunciou que “testou” diversas marcas de protetores solares vendidos no Brasil e que alguns deles teriam sido “reprovados”.
Há aí um imenso potencial para muitas interpretações precipitadas e sensacionalistas.
Ora, não podemos simplesmente ignorar o fato de que antes de entrar no mercado os produtos farmacêuticos passam por rigorosos processos de avaliação e validação científica! São anos de estudos, testes e rigorosas avaliações por parte de organismos de regulação nacionais e internacionais.
Quando nós, especialistas, que acompanhamos as publicações científicas de maior respeito em todo o mundo, que nos mantemos atentos aos consensos intencionais e estudos de maior monta, recomendamos o uso do filtro solar, temos bases sólidas para isso. O preço de uma contrainformação precipitada e sem os rigores que a ciência exige pode ser a saúde e a vida do paciente. Isso é muito grave!
De forma coerente e responsável, a SBD se apressou em lançar uma nota onde frisa estimular “o uso continuado dos fotoprotetores e reforça sua credibilidade nos filtros solares brasileiros que são regulados pela ANVISA e considerados inclusive como referência mundial na tecnologia utilizada na sua fabricação” (clique aqui para ler a nota na íntegra).
Da nossa parte, seguimos na torcida para que neste verão e ao longo de todo o ano, cada vez mais as pessoas entendam a importância não só do correto uso do filtro solar, mas de TODAS as medidas de fotoproteção, de uma forma geral. Cuidar bem da pele é mais do que zelar pela beleza e evitar o envelhecimento precoce. É evitar que o maior e mais exposto órgão do nosso corpo adoeça e coloque toda a nossa saúde em risco.