A segurança nos procedimentos estéticos

preenchimentoAs pesquisas científicas no campo dos tratamentos estéticos não param. Com isso, nós, especialistas, temos a possibilidade de lançar mão de soluções cada vez mais eficazes, seguras e avançadas, realizando procedimentos cada vez mais simples e acessíveis.

O reverso da moeda, entretanto, é a banalização de algumas abordagens invasivas. Não é por ser simples e de baixo risco que esses procedimentos dispensam maior perícia e qualificação por parte de quem conduz os tratamentos.

Pacientes cometem um grande equívoco quando deixam de atentar para as habilitações dos profissionais que elegem.

Outro ponto importante de chamarmos atenção no que tange à relação de confiança entre médico e paciente está na obediência dos cuidados pré e pós procedimento. Nada do que o médico pergunta ou orienta é em vão.

Por isso, nem é preciso dizer que não é uma escolha sensata omitir do profissional informações como a realização de outros tratamentos que estiverem sendo feitos em paralelo, o uso de medicações ou drogas, problemas de saúde pré-existentes, etc. O médico precisa conhecer a realidade do paciente, além, é claro, de realizar uma acurada análise clínica em consultório e de analisar atentamente os exames que solicita.

Na última semana, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) divulgaram importantes notas abordando essas questões. São documentos que devem servir de alerta e esclarecimento para toda a população.

Listo abaixo os tópicos que considero essenciais na nota da SBD, entidade da qual faço parte, e deixo aqui o link para os interessados em ler e divulgar o material na íntegra:

– A realização de preenchimento com ácido hialurônico é um procedimento SEGURO, desde que realizado por médico capacitado e habilitado a executá-lo;

– É fundamental que o paciente se certifique de que o profissional escolhido para realizar um procedimento estético seja médico e especialista capacitado, membro de uma sociedade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB);

– Além do número de CRM, o médico dermatologista também tem ter o RQE (Registro de Qualificação de Especialidade), obtido após o registro de o Título de Especialista pelo Conselho Regional de cada estado;

– As pessoas devem estar atentas ao fato de que medicina estética NÃO é uma especialidade médica e NÃO é reconhecida por esses órgãos.

Vale ressaltar ainda que o termo Dermatologia Estética ou Cosmiatria refere-se a um campo de atuação da Dermatologia, focado especificamente nos prejuízos estéticos da pele, em todas as faixas etárias. Sendo assim, realmente não se trata de uma especialidade, mas de uma área de atuação para o DERMATOLOGISTA devidamente habilitado e preparado para realizar esses procedimentos.