Para estar bonita, a pele tem de estar saudável. Neste mês em que comemoramos o Dia do Dermatologista (05 de fevereiro), escolhi ressaltar esse ponto com as pessoas que me acompanham por aqui e também nas redes sociais.
Afinal, não há maior reconhecimento para nós, especialistas da área, do que vermos esse conceito reconhecido e introjetado pela população.
A preocupação com a estética vem desde tempos imemoriais. Em toda a história da civilização, a aparência faz diferença e influencia nas interações sociais.
Mas é fato que, atualmente, assistimos a uma relação com o corpo levada a extremos, muitas vezes com grandes prejuízos para a saúde e para a autoestima, devido a padrões de beleza irracionais e percepções distorcidas sobre a própria imagem.
Por outro lado, como resposta, surgem os movimentos que dizem um sonoro não aos padrões impostos, buscando afirmar a aceitação das diferenças. Essas ações são cada vez maiores e mais afirmativas.
A nós, dermatologistas, cabe um papel importante de esclarecimento e conscientização, para que a sociedade possa encontrar o seu ponto de equilíbrio.
Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que inúmeros quadros considerados estéticos são, na verdade, patologias da pele e sinais de desequilíbrio no organismo.
Acnes, estrias e celulites são exemplos de situações que vão além daquilo que está visível na pele, podendo sinalizar alguma desordem sistêmica que precisa ser investigada. As avaliações de manchas, descamações, queda de cabelo, nascimento anormal de pelos, unhas fracas e inúmeras outras manifestações também obedecem a essa mesma linha de raciocínio.
Junto a isso, é preciso também lembrar que as pessoas têm direito a buscar uma relação mais harmônica com o seu próprio corpo, sentindo-se confortável com ele. Eliminar os pelos naturais, cuidar de rugas, buscar soluções para conter a calvície… Todas essas podem ser situações que as pessoas queiram tratar para, em primeiro lugar, se sentirem melhor com elas mesmas. Esse é um direito individual.
Às autoridades competentes, cabe assegurar que na prestação desse tipo de serviço estarão pessoas devidamente preparadas. Lidamos com as mais avançadas técnicas de tratamentos estéticos, mas é a nossa formação como médicos que nos torna verdadeiramente aptos a não perder de vista que, ao tratarmos um paciente, temos um compromisso com a sua saúde como um todo.
Por fim, e não menos importante, cabe-nos também ajudar na conscientização em relação ao respeito às diferenças. Tratamentos dermatológicos jamais devem ser instrumentalizados como ferramentas para imposição de padrões. Muito pelo contrário: o que precisamos esclarecer é que a beleza da pele está justamente em sua SAÚDE.
Pele bonita é pele saudável. Ponto.
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