O dia 29 de outubro foi instituído como o Dia Mundial de Conscientização da Psoríase. A doença – que não é contagiosa, mas sim resultante de uma disfunção no sistema imunitário do organismo – atinge cerca de 3% da população mundial.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou um site específico sobre o assunto, com o mote: “Psoríase tem tratamento”.
Por ali, são divulgadas diversas informações relevantes, que ajudam a desmistificar vários pontos sobre a patologia, além de chamar atenção para sintomas que nem sempre as pessoas sabem que são associados com o quadro, mas que são, na verdade, sinais de alerta que podem ajudar muito para o diagnóstico e o tratamento precoces.
Vejamos alguns pontos fundamentais de esclarecimento sobre esta doença:
O QUE É
Comparação de Derme e epiderme, com e sem psoríase.
A psoríase é uma doença de pele bastante comum, de caráter crônico, autoimune (ou seja, em que o organismo ataca a ele mesmo) e NÃO contagioso.
O quadro causa inflamação e escamação em áreas da pele, podendo atingir também as unhas e o couro cabeludo. Por isso, muitas vezes, a psoríase acaba sendo confundida com outras doenças.
Ela se caracteriza principalmente por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas.
Mas são vários os tipos de psoríase, fazendo variar os sintomas e as formas de tratamento. A gravidade também é variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis, até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Manifestação da psoríase na região do cotovelo.
As placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo, nos cotovelos e nos joelhos, mas os pés, as mãos, as unhas e a a região genital também podem ser afetados.
Sendo assim, uma lesão de unha que aparenta ser uma micose, pode ser psoríase. Da mesma forma, uma descamação no couro cabeludo pode parecer ser caspa ou seborreia e se tratar, na verdade, de psoríase.
Isso mostra o quanto é importante que QUALQUER alteração na pele, nas unhas ou no couro cabeludo seja SEMPRE avaliada por um dermatologista, o mais cedo possível. Somente após a devida investigação diagnóstica é que um plano de tratamento seguro e eficaz pode ser traçado.
FATORES DESENCADEANTES
Alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a psoríase ou piorar um quadro existente são:
- Histórico familiar – a genética pode ser um fator de risco sério a ser levado em consideração;
- Estresse – indivíduos que vivem em grande estresse normalmente têm o sistema imunológico debilitado, o que se torna um risco para o aparecimento da doença;
- Obesidade – um tipo de psoríase, a invertida, é mais comum em pessoas com sobrepeso. Manter o peso sob controle elimina parte do risco de desenvolver a doença;
- Bebidas alcoólicas e tabagismo – cigarro e bebida aumentam as chances de a doença aparecer. Para quem já sofre com a psoríase, beber e fumar pode levar a um agravamento no quadro;
- HIV/Aids: pessoas com Aids ou portadoras do vírus HIV, que têm deficiência no sistema imunológico, também são mais propensas a desenvolver a psoríase.
TRATAMENTO
Por ser uma doença de caráter crônico, a psoríase NÃO tem cura, mas, com o devido acompanhamento médico é possível alcançar um ótimo controle dos sintomas.
O tratamento medicamentoso pode incluir o uso de medicações tópicas, orais ou, até mesmo, injetáveis. Além disso, a gestão dos fatores desencadeantes, como o controle do nível de estresse, também podem se configurar como medidas que impactarão as respostas do paciente.
CONTROLE DOS SINTOMAS
Algumas medidas comprovadamente eficazes para ajudar no controle dos sintomas são:
- Hidratação constante: recomenda-se a aplicação de hidratantes corporais uma ou duas vezes ao dia, pelo menos. Os mais indicados são os sem perfume, pois diminuem os riscos de alergias;
- Exposição solar: o sol ajuda a combater as inflamações e, por isso, é benéfico para quem tem psoríase. Bastam dez minutos ao dia, nos horários apropriados, ou seja, quando os raios ultravioleta estão mais fracos, antes das 10h ou depois das 16h. Neste caso, deixe para passar protetor depois do banho de sol, para obter um melhor resultado. Mas lembre-se de que o protetor deve ser utilizado no restante do dia.